Capitulo 17: Memória Desagradável

Capitulo 17: Memória Desagradável

—A Garota uma vez tinha um sonho.

Um sonho muito normal, muito comum: proteger o lugar onde ela tinha nascido, assim como as pessoas que a criaram.

Para as pessoas nascidas nesse mundo, particularmente aqueles que estavam vivendo vidas normais, esse era mais ou menos um desejo que todos eles tinham em comum.

Esta garota viveu como aquelas massas anônimas viviam, com esse sonho guiando-a.

Havia, porém, uma nítida diferença entre essa menina e os outros que compartilhavam sonho dela. Ela era, de fato, qualquer além de uma pessoa normal. Em vez disso, ela nasceu a herdeira de uma antiga linha de espíritos, apóstolos da Deusa Arshuna. Era seu dever repelir as invasões das Raças Variadas, e assim ela passou a ser conhecida como a Miko.

Conforme a menina incansavelmente desenvolvia a sua esgrima, ela ouvia muitas vezes: "Espíritos são os presentes da Deusa Arshuna para a humanidade, um raro poder que existe para se defender contra as Raças Variadas."

E então derrota não era uma opção.

Para proteger a vida pacífica do povo, esse era um poder que não poderia desaparecer.

E assim a menina continuou a viver, rezando constantemente à Deusa Arshuna mesmo enquanto ela praticava incansavelmente a sua esgrima. De vez enquanto, ela iria para o norte para repelir as invasões das Raças Variadas. E assim os dias passavam, a menina continuava capaz de realizar seu sonho.

Mesmo sem poder aproveitar a felicidade de ter nascido mulher, a menina nunca desistiu de seu sonho.

Mas sonhos chegam a um fim.

Quando o novo Maou subiu ao trono, seu sonho desapareceu como o estouro de uma bolha.

No momento que a notícia chegou à capital, já era tarde demais. Uma onda de milhões dos mais fortes da Raça Variada varreu o norte. Cidades e aldeias desapareceram em seu rastro, engolidas por essa ameaça feroz.

Números esmagadores. Além disso, cada membro das Raças Variadas exibia um poder muito superior a capacidade humana. A força indomável deles juntamente com seus números surpreendentes deixaram a humanidade em desespero total e absoluta.

Mesmo assim, a menina lutou para manter a esperança viva, não importa o quão ínfima ela possa ser. Para proteger sua pátria e de seu povo, ela iria continuar a balançar aquela lâmina afiada enquanto ainda havia fôlego em seu corpo.

Diante do seu poder como um Espírito e sua habilidade com a espada divina, inúmeros membros das Raças Variadas viraram uma pilha de cadáveres.

A menina era forte. Ainda mais forte que qualquer uma das tropas de elite do norte. Entretanto, essa força que os beneficiava foi varrida pela violenta e avassaladora força dos inimigos.

Sob a força da malicia esmagadora, o sonho da garota quebrou. A terra natal da jovem foi atropelada pela força invasora, e as vidas daqueles a quem ela tinha lutado para proteger foram tragicamente tomadas.

Esse poder esmagador era absoluto, mesmo quando se tratava dessa garota..

A menina sofreu derrota nas mãos de dos um líder do exército das Raças Variadas, sua força tão terrível quanto o mal que ele havia manifestado. Pior ainda, após de perder, ela foi vitima de uma maldição vergonhosa e vil.

Talvez esse seja o meu fim, a garota pensou, desistindo de si mesma para o destino seus companheiros tinha conhecido: para isso, sua terra natal, seria o lugar de descanso final. Ela tinha lutado contra esse terrível General inimigo ate o fim e causou a ele ferimentos que nunca iriam curar.

Infelizmente, mesmo essa resolução comovente e solene estava prestes a ser quebrada - o seu povo lhe disse para viver.

De fato, o poder que essa garota carregava era inestimável. Era um presente dos céus, a Deusa da Justiça se manifestou, o poder dos espíritos concedidos pela Deusa Arshuna. Um poder raro e precioso que era o oposto das Raças Variadas, que adoravam um deus perverso.

Ela era uma esperança que não deveria desaparecer, uma luz que não deve ser extinta. E assim ela não poderia morrer ali. Não, ela teria que viver em vergonha, constantemente aumentando a sua força até o dia que ela poderia enfincar a espada de retribuição diretamente no coração dos Mazoku.

...Uma vez, a garota tinha um sonho. Agora, ela não tinha nem uma escolha.

E foi assim que, uma vez mais, neste dia, a garota - Lefille Gurakis Noshias - chorou sozinha em silencio.



Vários dias depois de sua visita à guilda, Suimei, tendo acordado bem cedo, estava praticando balançando a espada.

「Sei! Ha!」[Suimei]

Repetidamente, ele balançando a espada dele em um movimento vertical, de cima para baixo, sua respiração estável e sem perturbações.

Esse era um movimento praticado por ele, e era um da sua infância, mas não algo que ele havia aprendido com seu pai. Não, isso era algo que ele tinha aprendido no dojo perto da onde ele morava.

Mesmo que seu pai, um feiticeiro, também fosse um especialista em combate corpo a corpo, ele tinha decidido era melhor deixar isso para os profissionais, e levou o seu filho ao dojo.

Esses movimentos era parte da arte que ele tinha aprendido lá.

Esgrima era algo que inevitavelmente se deteriorava sem um esforço consistente e constante. Com exceção de algumas pessoas excepcionalmente talentosas, uma semana era suficiente para desgastar o estilo de alguém.

Esse era duplamente o caso para Suimei, que dedicou seu tempo no palácio estudando.

Mesmo que seja verdade que Suimei poderia muito bem contar com a sua magia ou itens mágicos de se envolver em combate corpo a corpo, esgrima não era uma necessidade por si. No entanto, ele se sentia muito mais à vontade com uma espada na mão.

「Fuuu... Isso deve dar...」[Suimei]

Respirando fundo enquanto ele terminava uma seqüência, ele limpou o suor com uma toalha. Mesmo que a prática de hoje seja um pouco mais simples em comparação com sua rotina normal, mas por causa dos seus planos para o resto do dia, isso iria servir.

Esse não era um dia em que ele poderia ficar cansado desde manhã. Hoje era o dia em que iria Suimei iria em uma missão de escolta com destino Império Nelferiano.

Essa missão de escolta iria levá-lo de cidade a cidade, nação a nação. Ele pegou essa comissão porque ela se alinhava com os seus objetivos..

Seu objetivo era descobrir um caminho para casa e, em seguida, criar esse caminho.

Para isso, visitar o Império - um lugar que ultrapassava Aster na facilidade de obter ambos informaçőes e recursos - era uma necessidade. A primeira parada ao longo desse caminho exigia que ele primeiro alcançasse a cidade de Kurand, na fronteira ocidental de Aster, perto do Império.

Kurand era uma cidade que ficava na fronteira entre Aster e Nelferia. Era uma cidade muito desenvolvida em quesito de comércio e informação, ficando em segundo lugar apenas depois da própria capital, Mehter. Suimei queria ter uma idéia sobre o funcionamento do Império antes de realmente colocar os pés no país, e por isso ele tinha planejado para passar um tempo em Kurand coletando recursos antes de ir para o seu destino final.

Para isso, Suimei tinha se juntado a uma caravana de negócios que era completamente familiarizada com a área e a viagem.

...Ele estava procurando constantemente tais comissões na guilda, quando finalmente essa oportunidade tinha aparecido no dia anterior.

Já que a competição era acirrada, ele inicialmente tinha assumido que levaria algum tempo para poder aceitar tal comissão. No entanto, em vez disso tinha demorado apenas três ou quatro dias, um pouco mais cedo do ele tinha previsto.

Quando se tratava disso, tinha de ser dito que a sua capacidade de usar magia restaurativa desempenhou um grande papel. Na hora um mago rank-D, Suimei, tinha ido até a janela de recepção, a caravana já tinha empregado os guarda-costas que ela precisava. Contudo o líder da caravana tinha falado que quando se tratava de magos que podiam usar magias de cura, quanto mais melhor, e deu boas vindas a Suimei.

Como ele tinha presumido, esse mundo era bem acolhedor para magos capazes de usar magia restaurativa.

Tendo em conta que o seu registro na guilda ainda estava em branco em relação de conquistas, era possível que o líder da caravana estava pensando se ele realmente podia ser de algum uso, então isso era uma vantagem.

Em todo o caso, os seus planos para o dia já estavam definidas. Hoje, ele deixaria Mehter.

Certo então. Vamos voltar, Suimei pensou para si mesmo, escondendo sua lâmina de mercúrio.

No caminho de volta para a pousada para fazer suas preparações finais para a viagem, Suimei estava andando de volta para o seu quarto quando ele bateu de cabeça em alguém enquanto ele estava estava virando em um dos cantos.

「Oh. Me desculpe—!」[Suimei]

Por um breve momento, ele viu estrelas. Tremendo um pouco por causa do impacto, Suimei pediu desculpas pela sua falta de atenção.

De repente, ele parou de repente. Mais precisamente, ele ficou sem falas por uma súbita mudança de eventos.

A pessoa em quem Suimei bateu era uma colega da guilda, assim como alguém deu entrada na mesma pousada que ele - Lefille Gurakis.

No entanto, o que o surpreendeu não era o fato que a pessoa em que ele literalmente colidiu era alguém que ele conhecia.

Não, ele tinha parado de falar porque essa garota, Lefille Gurakis, parecia totalmente deslocada.

Na verdade, ela tinha vindo correndo de algum lugar - lá fora?! - vestindo só a sua roupa de baixo, olhos vermelhos e inchados, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

「Ah—」[Lefille]

Lefille parecia ter finalmente percebido como ela estava. Mesmo assim, ela simplesmente engasgou, congelada em surpresa. A tristeza que pesava sobre a alma dela tanta que aparentemente a deixou incapaz de se preocupar com sua aparência, só importando menos que a nuvem negra de tristeza que estava sobre ela.

「Uh, um, eh—?」[Suimei]

 A outra parte, Suimei, estava igualmente congelado, sem saber como reagir à essa situação inesperada.

Embora ele definitivamente esbarrado nela com uma boa quantidade de força, até onde ele poderia dizer, isso não tinha sido causado pelo impacto. Ambas a sua aparência atual e seu choro apareceram do nada.

「Oh, desculpe...」[Lefille]

Finalmente, Lefille parecia ter voltado a si. Ela enxugou as lágrimas, oferecendo essas palavras com a voz aflita, e ignorando completamente as palavras de Suimei, ela entrou na pousada.

Suimei, completamente pasmo, ficou congelado no mesmo lugar, até que finalmente murmurou para si mesmo em confusão.

「Mas o que diabos foi aquilo...?」[Suimei]

Entretanto, era bem cedo de manhã, e todos os outros estavam perdidos na terra dos sonhos, não havia ninguém para responder.

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